Introdução
A busca por métodos eficazes e seguros para o emagrecimento é uma pauta crescente na medicina moderna. No entanto, a escolha e o uso desses medicamentos exigem um entendimento aprofundado, especialmente em relação à segurança e à indicação correta. Neste artigo, baseado no vídeo do Dr. Gustavo Lenci Marques, médico especialista em cardiologia e clínica médica, vamos explorar as principais opções de medicamentos para emagrecimento disponíveis no Brasil, desde os injetáveis até os orais, com base em evidências científicas.
Medicamentos Injetáveis para o Tratamento da Obesidade
Liraglutida (Saxenda e Victoza)
A liraglutida, um incretin mimético, foi originalmente desenvolvida para o tratamento do diabetes tipo 2 e demonstrou redução de peso como efeito adicional. Estudos apontam que, em pacientes com obesidade, esse medicamento oferece segurança e eficácia, apesar de não reduzir diretamente eventos cardiovasculares em pacientes obesos.
Semaglutida (Ozempic e Wegovy)
Uma evolução da liraglutida, a semaglutida é aplicada semanalmente, oferecendo maior comodidade. Disponível como Ozempic (para diabetes) e Wegovy (para obesidade), essa molécula demonstrou redução significativa de peso e benefícios em desfechos cardiovasculares, como mostrado no estudo SELECT.
Tirzepatida (Mounjaro e Zepbound)
Atuando em duas moléculas (GLP-1 e GIP), a tirzepatida é a próxima geração de medicamentos injetáveis. Estudos iniciais indicam uma redução de peso superior aos incretin miméticos anteriores. No entanto, sua comercialização ainda é limitada no Brasil.
Medicamentos Orais: Alternativas e Evoluções
Semaglutida Oral (Rybelsus)
A versão oral da semaglutida traz praticidade para pacientes. Apesar disso, a dose comercializada no Brasil é limitada ao tratamento do diabetes. Doses maiores, como 50mg, foram estudadas para obesidade, mas ainda não estão disponíveis no mercado.
Sibutramina
Um medicamento mais antigo, a sibutramina possui eficácia limitada e riscos cardiovasculares em pacientes com predisposição a problemas cardíacos. Por isso, seu uso deve ser cauteloso.
Contrave
O Contrave combina bupropiona e naltrexona, atuando em casos de obesidade hedônica, onde a alimentação está relacionada a impulsos emocionais. É uma alternativa para pacientes que não respondem bem a incretin miméticos.
Topiramato
Embora utilizado para perda de peso nos Estados Unidos, no Brasil seu uso é off-label, já que não possui registro oficial para essa finalidade.
Perspectivas Futuras
O horizonte de tratamentos para obesidade promete inovações, como o retatrutide, um incretin mimético triplo que apresentou redução de peso superior à bariátrica em estudos iniciais. Embora ainda em fase de pesquisa, esse medicamento pode transformar o cenário do tratamento da obesidade nos próximos anos.
Conclusão
Os medicamentos para emagrecimento, especialmente os baseados em incretin miméticos, são ferramentas valiosas no combate à obesidade, mas não substituem a importância de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e exercícios físicos. É fundamental buscar orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento, garantindo segurança e eficácia.
Se você quer saber mais sobre os tipos de obesidade e suas particularidades, confira o vídeo recomendado pelo Dr. Gustavo no canal. Continue acompanhando nossos conteúdos para estar sempre bem informado!