A hipertensão arterial — ou pressão alta — é conhecida como a “doença silenciosa” que afeta milhões de brasileiros todos os anos. Por trás de sintomas muitas vezes ignorados, essa condição pode ser o gatilho para doenças cardiovasculares graves como infarto, AVC e insuficiência cardíaca. Mas você sabe identificar os sinais de alerta? E mais: sabe quando é o momento certo de procurar um cardiologista? Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber para proteger sua saúde cardiovascular — com base científica e um convite à prevenção.
O que é hipertensão arterial?
Hipertensão é o nome dado ao aumento persistente da pressão arterial, ou seja, a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias. O ideal é que essa pressão esteja abaixo de 120×80 mmHg (milímetros de mercúrio). Valores iguais ou superiores a 140×90 mmHg já caracterizam hipertensão.
Existem dois tipos principais: a hipertensão primária (ou essencial), que geralmente surge sem causa identificável e está associada a fatores genéticos e estilo de vida, e a hipertensão secundária, que ocorre em decorrência de outras condições de saúde, como problemas renais, distúrbios hormonais ou uso de determinados medicamentos.
Sintomas da hipertensão: o perigo mora no silêncio
A maior parte dos hipertensos não apresenta sintomas. Esse é um dos motivos pelos quais a hipertensão é tão perigosa. Muitas vezes, a pessoa convive por anos com a pressão elevada sem perceber. No entanto, alguns sinais podem surgir, especialmente quando a pressão está muito alta ou em picos:
- Dor de cabeça, especialmente na região da nuca
- Tonturas ou vertigens
- Visão embaçada
- Zumbido no ouvido
- Falta de ar
- Dor no peito
- Sangramento nasal
Esses sintomas não são exclusivos da hipertensão, mas sua presença recorrente deve ser motivo de avaliação médica.
Fatores de risco: quem está mais vulnerável?
A hipertensão pode afetar qualquer pessoa, mas alguns fatores aumentam a probabilidade de desenvolver a doença. Entre os principais, estão:
- Histórico familiar de hipertensão
- Idade acima dos 55 anos
- Sobrepeso e obesidade
- Alimentação rica em sódio e gorduras
- Consumo excessivo de álcool
- Tabagismo
- Estresse crônico
- Sedentarismo
- Presença de outras doenças, como diabetes e dislipidemia
Conhecer os fatores de risco é essencial para adotar medidas preventivas eficazes.
Complicações da hipertensão: o que ela pode causar?
Se não tratada adequadamente, a hipertensão pode causar danos progressivos ao sistema cardiovascular e a outros órgãos. As principais complicações são:
- Infarto agudo do miocárdio
- Acidente vascular cerebral (AVC)
- Insuficiência cardíaca
- Aneurismas
- Doença arterial periférica
- Comprometimento da função renal
- Alterações na retina (retinopatia hipertensiva)
É importante destacar que essas complicações muitas vezes são irreversíveis e podem colocar a vida do paciente em risco. O controle adequado da pressão arterial é a melhor forma de prevenir tais desfechos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da hipertensão é simples, mas precisa ser feito de forma criteriosa. Medições esporádicas, em situações de estresse ou esforço, podem levar a resultados imprecisos. Por isso, é fundamental aferir a pressão em momentos de repouso, em diferentes dias e horários.
Além da aferição convencional no consultório, o cardiologista pode solicitar exames complementares, como:
- MAPA (monitoramento ambulatorial da pressão arterial)
- MRPA (medição residencial da pressão arterial)
- Eletrocardiograma
- Ecocardiograma
- Exames laboratoriais (função renal, colesterol, glicemia)
Esses exames ajudam a confirmar o diagnóstico, avaliar danos em órgãos-alvo e planejar o tratamento adequado.
Como prevenir a hipertensão?
A prevenção é o caminho mais eficaz para evitar a hipertensão e suas complicações. Mudanças simples no estilo de vida já são capazes de reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença. Entre as principais orientações estão:
- Reduzir o consumo de sal para menos de 5g por dia
- Adotar uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais
- Evitar alimentos ultraprocessados e ricos em sódio
- Praticar atividade física regularmente (pelo menos 150 minutos por semana)
- Manter um peso saudável
- Abandonar o tabagismo
- Controlar o consumo de álcool
- Dormir bem e reduzir o estresse
Essas mudanças não apenas previnem a hipertensão como contribuem para uma melhor qualidade de vida de forma geral.
Tratamento: quando medicamentos são necessários?
Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes para controlar a pressão, o uso de medicamentos se torna necessário. O tratamento é individualizado e leva em conta a gravidade do quadro, os fatores de risco associados e a presença de outras doenças.
Os medicamentos mais utilizados incluem:
- Diuréticos
- Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA)
- Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA)
- Betabloqueadores
- Bloqueadores dos canais de cálcio
A combinação de mais de um medicamento é comum, sempre com acompanhamento médico para ajuste de dose e monitoramento de possíveis efeitos colaterais. Jamais interrompa ou mude o tratamento por conta própria.
Quando procurar um cardiologista?
Procurar um cardiologista é fundamental para quem:
- Já teve aferições com pressão elevada
- Possui histórico familiar de doenças cardíacas
- Apresenta sintomas como tonturas, dores de cabeça frequentes ou palpitações
- Está acima do peso ou leva uma vida sedentária
- Já foi diagnosticado com hipertensão e precisa de acompanhamento especializado
O cardiologista é o profissional capacitado para fazer o diagnóstico correto, investigar causas secundárias, orientar mudanças no estilo de vida e prescrever o melhor tratamento.
A importância do acompanhamento contínuo
Mesmo quando os sintomas desaparecem ou a pressão parece controlada, o acompanhamento deve continuar. A hipertensão é uma condição crônica que exige cuidado constante. Consultas regulares, exames periódicos e adesão ao tratamento são indispensáveis para garantir longevidade e qualidade de vida.
Controlar a pressão não é apenas uma questão de saúde. É um compromisso com o futuro, com a sua família e com os seus sonhos.
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