Infarto Agudo do Miocárdio: Sintomas, Primeiros Socorros e Prevenção

Infarto Agudo do Miocárdio: Como Reconhecer, Agir e Prevenir Novos Casos

O infarto agudo do miocárdio (IAM), conhecido popularmente como ataque cardíaco, é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Mesmo com os avanços da medicina, milhares de pessoas ainda perdem a vida todos os anos por não reconhecerem os sinais precoces ou por não agirem a tempo.

Neste artigo, vamos explicar de forma clara e objetiva o que é o infarto, quais são seus sintomas, como agir em caso de emergência, quais os fatores de risco mais importantes e, principalmente, como prevenir o primeiro ou um novo episódio.

O que é o infarto agudo do miocárdio?

O infarto ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do músculo cardíaco (miocárdio) é interrompido ou drasticamente reduzido. Essa interrupção geralmente é causada pela obstrução de uma artéria coronária devido ao acúmulo de placas de gordura (aterosclerose) e à formação de um coágulo.

Quando o sangue não chega ao coração, a região afetada começa a sofrer lesão por falta de oxigênio. Se a circulação não for restabelecida rapidamente, o tecido morre. Isso compromete a função cardíaca e pode levar à morte.

O infarto é uma urgência médica que exige ação imediata. O tempo entre o início dos sintomas e o atendimento é decisivo para o prognóstico do paciente.

Principais sintomas do infarto

Os sintomas mais conhecidos do infarto são dor ou desconforto no peito. No entanto, a apresentação pode variar, especialmente entre mulheres, idosos e diabéticos. Os sinais mais comuns incluem:

  • Dor no peito em aperto, peso ou queimação, com duração superior a 20 minutos, mesmo em repouso
  • Dor que irradia para o braço esquerdo, ombros, costas, pescoço ou mandíbula
  • Falta de ar ou dificuldade para respirar
  • Náuseas, vômitos ou dor abdominal
  • Suor frio e excessivo
  • Sensação de desmaio ou tontura
  • Palidez e cansaço extremo
  • Ansiedade intensa ou sensação iminente de morte

É importante saber que nem todo infarto causa dor no peito. Em muitos casos, os sintomas são atípicos e podem ser confundidos com problemas gástricos, musculares ou emocionais. Por isso, diante de qualquer suspeita, é fundamental procurar atendimento médico com urgência.

Como agir diante de um possível infarto?

Diante de sintomas sugestivos de infarto, o tempo é o fator mais importante. A orientação é:

  1. Chame imediatamente o serviço de emergência (SAMU – 192 ou Bombeiros – 193)
  2. Mantenha a pessoa sentada ou deitada, com a cabeça levemente elevada
  3. Afrouxe roupas apertadas
  4. Mantenha a pessoa calma e evite esforço físico
  5. Se a pessoa estiver consciente e já fizer uso de medicamentos prescritos como ácido acetilsalicílico (AAS), pode-se administrar o comprimido sob orientação médica
  6. Nunca dê alimentos, água ou outros medicamentos sem prescrição
  7. Se houver parada cardiorrespiratória, iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP)

Evitar o pânico é fundamental. O ideal é que a pessoa seja levada a um hospital com serviço de cardiologia ou unidade de hemodinâmica disponível.

O que acontece no hospital?

Ao chegar ao hospital com suspeita de infarto, o paciente passará por avaliação clínica, eletrocardiograma (ECG) e exames laboratoriais como troponina (marcador de lesão cardíaca).

Confirmado o diagnóstico, o tratamento pode envolver:

  • Uso de medicamentos anticoagulantes, antiplaquetários e analgésicos
  • Administração de oxigênio e nitratos
  • Cateterismo cardíaco para avaliar a obstrução
  • Angioplastia com stent, quando necessário
  • Cirurgia de revascularização miocárdica (bypass), em casos mais complexos

O tratamento rápido reduz a área de necrose do músculo cardíaco e aumenta as chances de recuperação completa.

Fatores de risco para infarto

O infarto não acontece por acaso. Ele é o resultado de uma série de fatores de risco, muitos deles modificáveis. Os principais são:

  • Hipertensão arterial
  • Colesterol alto (LDL elevado e HDL baixo)
  • Tabagismo
  • Diabetes mellitus
  • Obesidade ou sobrepeso
  • Sedentarismo
  • Estresse crônico
  • Dieta rica em gordura saturada e açúcar
  • Histórico familiar de doenças cardíacas precoces (em homens abaixo de 55 anos ou mulheres abaixo de 65 anos)

Outros fatores como apneia do sono, insônia, consumo excessivo de álcool e doenças inflamatórias também podem contribuir.

Conhecer e controlar esses fatores é a chave para prevenir o primeiro ou o próximo infarto.

Infarto em mulheres: sinais diferentes e risco subestimado

O infarto em mulheres é frequentemente negligenciado, tanto por elas quanto pelos profissionais de saúde. Isso ocorre porque os sintomas femininos podem ser mais sutis ou diferentes do “padrão clássico” masculino. Entre os sinais mais comuns nas mulheres estão:

  • Cansaço inexplicável
  • Falta de ar sem dor no peito
  • Náuseas, vômitos e tontura
  • Dor nas costas ou na mandíbula
  • Distúrbios do sono

Essa apresentação atípica contribui para atrasos no diagnóstico e tratamento, aumentando o risco de complicações e mortalidade. Por isso, mulheres devem estar atentas e nunca subestimar os sinais do corpo.

A importância do acompanhamento pós-infarto

Após sobreviver a um infarto, o paciente entra em uma nova fase: a prevenção secundária. Isso significa manter o controle rigoroso dos fatores de risco e fazer acompanhamento com cardiologista regularmente. As principais medidas incluem:

  • Uso contínuo de medicações como antiplaquetários, betabloqueadores, estatinas e IECA
  • Acompanhamento laboratorial e por exames de imagem
  • Reeducação alimentar
  • Programa de reabilitação cardíaca com exercícios físicos supervisionados
  • Apoio psicológico e controle do estresse
  • Abandono definitivo do tabagismo

A adesão ao tratamento reduz significativamente o risco de um novo evento e melhora a qualidade de vida do paciente.

O infarto tem cura?

Tecnicamente, o infarto é uma lesão irreversível. A área do músculo cardíaco que sofre necrose não se regenera, mas o restante do coração pode continuar funcionando bem, especialmente se a intervenção for rápida e o tratamento for seguido corretamente.

Muitos pacientes conseguem retomar suas atividades habituais após a recuperação, inclusive exercícios físicos e vida profissional. O mais importante é manter o acompanhamento médico e adotar um estilo de vida saudável e equilibrado.

Como prevenir um infarto?

A prevenção do infarto começa com a informação e continua com atitudes diárias. As principais medidas preventivas são:

  • Controlar a pressão arterial e o colesterol
  • Praticar atividade física regular (pelo menos 150 minutos por semana)
  • Manter o peso corporal adequado
  • Ter uma alimentação equilibrada, rica em vegetais, frutas e grãos integrais
  • Evitar alimentos ultraprocessados, açúcares e gorduras trans
  • Não fumar
  • Dormir bem
  • Reduzir o consumo de álcool
  • Gerenciar o estresse com técnicas de relaxamento ou terapia
  • Realizar check-ups periódicos com cardiologista

Prevenir é sempre mais seguro, mais barato e menos doloroso do que tratar.

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Prazer, Dr. Gustavo Lenci Marques

Atuo como cardiologista e clínico médico com dedicação integral ao cuidado dos meus pacientes. Minha trajetória é marcada pela busca constante por conhecimento e excelência na prática médica, aliando ciência, empatia e atualização contínua.

Minha formação e qualificações:

Meu objetivo é oferecer um cuidado médico de alta qualidade, com base científica sólida, mas sempre centrado no ser humano. A saúde do coração vai muito além do físico — envolve escuta, confiança e um olhar atento para cada detalhe da vida do paciente.
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